Elas usam o próprio abdômen como reserva de alimento para todo o formigueiro, permanecendo imóveis no teto na maioria das vezes.
Pertencentes à família Formicidae, o grupo mais numeroso dentre os insetos. São seres com níveis avançados de sociedade, com divisões específicas de tarefas e extrema organização. As formigas estão incluídas em uma única família, com 12,585 espécies descritas até o final de 2010. Entre elas estão a formiga-pote-de-mel (Myrmecocystus sp.), geralmente encontrada em regiões desérticas da África, América do Norte e Austrália.
Foto: Greg Hume.
Em períodos de escassez, algumas formigas saem a procura de alimento no deserto e, quando encontram, armazenam o conteúdo. Depois de todo o alimento ser absorvido pelas companheiras, as formigas “reservatório” voltam ao seu tamanho normal e estão prontas para mais uma etapa de colheita.
As primeiras investigações detalhadas e razoavelmente objetivas de uma formiga pote-de-mel são as de Henry Christopher McCook, naturalista americano do século XIX, conforme publicado em seu livro “As Formigas de Mel do Jardim dos Deuses e as Formigas Ocidentais das Planícies Americanas” de 1882. Ele identificou que a atividade de forrageamento (busca e a exploração de recursos alimentares) era noturna, e que as trabalhadoras forrageiras extraiam o néctar pelos exsudatos (saída de líquidos orgânicos através das paredes e membranas celulares, tanto de animais quanto de plantas, por lesão ou por inflamação). A formiga que ele observou foi Myrmecocystus mexicanus no Jardim dos Deuses, perto de Manitou, Colorado, Estados Unidos.
Contudo, existem conceitos equivocados sobre os fluidos armazenados. O fluido doce comumente armazenado não é mel verdadeiro, mas açúcares simples, não modificados do seu estado original, isto é, néctar de plantas com flores, exsudatos de galhos e secreções de pulgões e outros homópteros.
Fonte: Antwiki